Organizada e coordenada pelo ProChile, a Semana do Chile Brasil acontecerá entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, e tem como objetivo promover a exportação de alimentos, o turismo, a mineração e o emergente mercado do pisco.
"Todos os nossos produtos, florestais, silvícolas e a nossa fruta, são essenciais no mercado brasileiro". Esteban Valenzuela, Ministro da Agricultura.
A missão comercial será liderada pelo Ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, e pelo Diretor-Geral do ProChile, Ignacio Fernández. A eles se juntarão representantes de associações de exportação e da Fundación Imagen de Chile.
O Diretor Geral do ProChile, Ignacio Fernandez, disse que "através deste evento buscamos conectar empresários dos dois países, apresentando as oportunidades que o Chile tem para o Brasil. É a nona maior economia do mundo, nosso principal destino de exportação na América Latina, o terceiro maior do mundo e o primeiro destino de investimentos chilenos no mundo. Estaremos com uma delegação de mais de 30 empresas em São Paulo e outras 10 em Belo Horizonte, que buscarão levar sua oferta de bens e serviços aos importadores brasileiros, gerando novos laços comerciais".
A assinatura do "Memorando de Entendimento sobre Cooperação Económica e Comercial" em 2018 gerou um impacto significativo nas trocas comerciais entre os dois países. Os embarques chilenos, que naquele ano totalizaram US$ 1.985 milhões, passaram para US$ 2.659 milhões em 2023, um aumento de 33,9%. Os maiores aumentos foram em produtos como salmão e truta, vinhos Cabernet Sauvignon, kiwis e óleo de peixe.
O Ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, destacou a importância de incorporar o sector agrícola nesta viagem. "Todos os nossos produtos, florestais, silviculturais e nossas frutas, são essenciais no mercado brasileiro, assim como nossos vinhos. Queremos também reforçar outros, como o mel e as nossas carnes".
Por sua vez, Iván Marambio, presidente da Frutas de Chile, salientou que, atualmente, toda a fruta chilena pode entrar no Brasil com uma tarifa de 0%. "62% dos embarques são de maçãs, 12% de ameixas e 11% de kiwis, e há um grande potencial de crescimento para frutas como cerejas, que representam apenas 2% das nossas exportações, além de uvas de mesa, peras, mirtilos e frutas de caroço", disse ele.
Oportunidades para o vinho e o pisco chilenos
As exportações de vinho atingiram seu melhor desempenho em 2022, com US$ 187 milhões, uma tendência que, segundo a Wines of Chile, reflete o crescente interesse pela reputação de qualidade e diversidade dos produtos chilenos. "O Brasil é um mercado que está nos surpreendendo. Desde a pandemia, assumiu o primeiro lugar entre os mercados de exportação de vinho, onde o Chile lidera de longe em participação de mercado", disse Angélica Valenzuela, diretora comercial da Vinos de Chile.
Da mesma forma, o mercado brasileiro é importante para a expansão regional da indústria do pisco, onde a estratégia visa posicionar-se no segmento da alta coquetelaria. Claudio Escobar, gerente da Pisco Chile, salienta que este posicionamento é apoiado pela "conquista de importantes prémios nos concursos mais importantes da indústria de bebidas espirituosas, como o San Francisco Spirit Competition (EUA) ou o International Spirit Challenge (Reino Unido). A sua relação qualidade/preço é muito competitiva a nível internacional e constitui uma nova alternativa para os consumidores de todo o mundo".
Como o Brasil nos vê
Durante a Chile Week Brasil, Rossana Dresdner, Diretora Executiva da Fundación Imagen de Chile, será palestrante no primeiro dia do encontro com a apresentação "A imagem do Chile no mercado brasileiro". Aqui ela abordará a questão da construção da marca país e as conclusões obtidas no "Estudo Longitudinal de Mercados Prioritários", sendo São Paulo uma das cidades avaliadas em termos de indicadores de familiaridade e favorabilidade. Entre 2020 e 2024, houve um crescimento notável no conhecimento do nosso país, de 33% para 49%, um aumento que reflecte o posicionamento do Chile como um país importante a nível regional.