A primeira Cimeira do Chile na Índia, que terá lugar entre 27 e 30 de agosto e visitará Nova Deli e Mumbai, visa promover os frutos frescos e os frutos secos, bem como os vinhos e o salmão chilenos.
Com mais de 3,2 milhões de toneladas de fruta exportadas até 2023, o Chile é a quarta potência frutícola do mundo. Um dos seus compromissos futuros é duplicar a sua presença no mercado indiano, país ao qual chega com quase 50.000 toneladas por ano. Perante este cenário e com o objetivo de reforçar as relações comerciais e posicionar produtos de alta qualidade, a Chile Summit India, a mais importante missão diplomática e comercial à Índia dos últimos anos, terá início a 27 de agosto.
A delegação nacional, liderada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros Alberto van Klaveren e pelo Ministro da Agricultura Esteban Valenzuela, organizada pelo ProChile e composta por representantes do sector público e privado, pretende explorar oportunidades de negócio e consolidar a presença do Chile na Índia. " O Chile Summit 2024 torna-se o primeiro evento de posicionamento do país de alto impacto que vamos realizar no mercado indiano, consolidando uma relação que já tem as suas próprias bases", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Ministro Valenzuela acrescentou: "acreditamos que devemos reforçar as nossas relações económicas, porque a Índia é o país com a maior população do mundo, que está a crescer a uma taxa de 7-8% ao ano, e que necessita de mais alimentos, especialmente frutas". Segundo ele, a cimeira pretende ser "um preâmbulo da visita que o Presidente Boric fará no primeiro trimestre do próximo ano. A ideia é que haja um antes e um depois nas relações comerciais com a Índia", acrescentou.
As vantagens da contra-temporada
A Índia é uma das economias de mais rápido crescimento no mundo, com uma classe média em expansão que exige produtos de alta qualidade. "Este país é fundamental para o Chile na estratégia de diversificação dos nossos envios para o mundo", explicou Ignacio Fernandez, diretor-geral do ProChile. "Procuramos identificar novas oportunidades de colaboração e diversificar a oferta chilena neste mercado emergente e esperamos que a Índia veja o Chile como um centro para chegar a outros mercados latino-americanos e tirar partido da nossa rede de acordos comerciais", acrescentou.
O Chile oferece produtos frescos e sazonais que complementam a produção indiana local, especialmente em frutas e nozes que têm um importante valor acrescentado devido à colheita fora de época, devido à localização do Chile no hemisfério sul. "A Índia é um mercado que continua a crescer, em ascensão, e onde estamos muito bem posicionados", disse Juan Esteban Rodríguez, presidente da ChileNut, a associação que reúne os exportadores de nozes, um produto que tem 83% da quota de mercado na Índia, e que é uma espécie de "ponta de lança" para outros produtos chilenos nesse mercado, com exportações que remontam a 2019 e que hoje ascendem a mais de 50.000 toneladas.
Para além da promoção dos frutos secos, maçãs, kiwis e cerejas chilenos, a indústria do salmão - o segundo maior produtor internacional - e a indústria do vinho estão a ser promovidas através de uma oferta diversificada e sustentável. "A Índia é um mercado onde vemos uma oportunidade chave para o futuro do vinho mundial", disse Angélica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile. "Queremos posicionar-nos como líderes no país através da imagem, da promoção e da educação.
Da mesma forma, como parte da missão, a indústria cinematográfica e audiovisual chilena, que também faz parte da delegação, procurará estabelecer alianças com os seus homólogos indianos. "Não se trata apenas de oferecer locações, mas de criar um intercâmbio técnico e criativo que beneficie os dois países", disse Alexandra Galvis, vice-presidente da Associação de Produtores de Cinema e Televisão (APCT).
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