Com os frutos secos como "ponta de lança", e frutas frescas, vinhos, salmão, indústrias criativas, entre outros negócios, o Chile Summit India esteve presente em Nova Deli e Mumbai, com o objetivo de mostrar o país e os seus produtos naquele mercado mundial.
"Penso que o Chile é um país bonito, com diversos climas e condições geográficas. Tem mar, praias, montanhas, deserto e glaciares. E o melhor de tudo é que tem um vale onde há muitas frutas, nozes e frutos secos, que todos nós estamos ansiosos por comercializar e importar para a Índia", disse Raju Bathia da California Agri Nuts Corporation da Índia, um dos participantes na inauguração da Chile Summit India 2024 em Nova Deli.
O evento, o primeiro em termos de posicionamento nacional das exportações chilenas no mercado indiano, contou com a presença de uma delegação liderada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Alberto van Klaveren, e pelo Ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, e de mais de 10 associações do sector privado. A visita foi organizada pelo ProChile e teve como objetivo reforçar os laços institucionais entre o Chile e a Índia, identificar oportunidades de cooperação comercial e avançar com acordos que facilitem o intercâmbio de bens e serviços.
"A Índia é um dos mercados mais importantes do mundo, entre as cinco principais economias globais, e o Chile tem que marcar presença e está a fazê-lo através desta Cimeira Chile Índia 2024. A promoção das exportações exige um esforço conjunto entre o Estado e o sector privado e este grande evento realizado na Índia é a melhor demonstração disso", afirmou o Ministro van Klaveren. Entretanto, o Ministro da Agricultura sublinhou que a Índiaé o país que "está a crescer mais no mundo, a taxas de 8%, com uma enorme quantidade de produtos culturais, económicos, cinematográficos, mineiros e, o que dizer, agro-alimentares, vinho, carne, fruta fresca e ver como continuamos a crescer em frutos secos".
Foram quatro dias com uma agenda intensa em Nova Deli e Mumbai, em que os diferentes sectores - frutas, frutos secos, vinhos, salmão, mexilhões, indústrias criativas -mostraram às autoridades e empresários indianos que o Chile dispõe de matéria-prima com elevados padrões de qualidade e que pode tornar-se um importante contributo para o mercado alimentar indiano.
"Penso que o que vimos do que o Chile produziu nos últimos cinco anos é que se trata de um mercado sustentável, os produtos são de alta qualidade e a perceção da comida chilena na Índia está a melhorar. Acreditamos que o Chile tem elevados padrões de segurança alimentar", afirmou Amit Lohani, diretor executivo do Forum of Indian Food Importers (FIFI), que assinou um memorando de entendimento com o Conselho Empresarial Chile-Índia.
As nozes chilenas (Chilenut) abriram caminho para o mercado indiano valorizar os produtos agro-alimentares do Chile. Começaram com uma pequena exportação em 2019 e atualmente mais de 70% das nozes vendidas na Índia são provenientes do Chile. "A Chilenut tem trabalhado arduamente nos últimos anos para dar a conhecer os seus atributos. As nozes chilenas são de longe a noz mais valorizada pelos consumidores indianos. A verdade é que é um motivo de orgulho", disse o presidente da Chilenut, Juan Esteban Rodriguez .
Um país fiável
Um dos desafios do Chile para uma entrada bem sucedida e consistente dos seus produtos na Índia tem a ver com a imagem projectada do país. É importante que os consumidores e empresários indianos associem uma imagem favorável aos produtos chilenos. "É essencial criar uma imagem coerente e coordenada do país, que funcione de forma estável e com uma perspetiva de longo prazo. Uma forte parceria público-privada é essencial para convencer as autoridades e o público em geral de que o esforço que está a ser feito é um esforço conjunto, que perdura no tempo e em que todo o país, com uma única imagem, está a trabalhar em conjunto", afirmou o Embaixador do Chile na Índia, Juan Angulo .
Nesta linha, Juan Francisco Velasco, Diretor de Parceiros e Assuntos Internacionais da Câmara de Comércio de Santiago, afirmou que "para o mercado indiano, a confiança é muito importante e o Chile tem este intangível que devemos aproveitar, com instituições que funcionam. E isso é muito importante para a Índia".
"É realmente notável o ambiente que foi criado tanto pela delegação chilena como pelo sector público e privado, de colaboração, de vontade de puxar este carrinho e de continuar a aprofundar este mercado. Mas também com os nossos homólogos indianos. Temos a sensação de que viajamos 16.000 quilómetros e finalmente encontramos amigos. Encontramos parceiros que nos querem ajudar. Isso é muito relevante e eu adoro o que está a acontecer neste mercado", concluiu o diretor-geral do ProChile, Ignacio Fernandez.
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