O dia 30 de junho marcou o fim do primeiro semestre de 2023, período que foi objeto de análise pela imprensa estrangeira chilena. Como é habitual na cena internacional, a informação centrou-se no contexto político, nos acontecimentos internos, como os incêndios florestais, e na situação da macrozona sul. No entanto, também houve uma cobertura significativa de questões relacionadas com a transição para as energias limpas, a ciência e a inovação, bem como as reformas e os acordos multilaterais e o eventual papel futuro do Chile na indústria do lítio.
Só no domínio da sustentabilidade , o nosso país foi mencionado em mais de 1850 publicações, destacando as oportunidades do mercado chileno para a exploração do lítio, bem como a possibilidade de gerar uma aliança estratégica entre a França e o Chile para a sua exploração sustentável.
Na mesma linha, o anúncio da Política Nacional de Lítio, em abril, despertou a atenção dos media internacionais, que se debruçaram sobre a importância estratégica deste recurso na transição energética, destacando o reforço do papel do país como fornecedor regional e global de minerais.
O aumento do valor transacional do cobre e a procura de tecnologias sustentáveis para a sua extração foram fortemente sublinhados neste domínio, bem como a decisão do governo de rejeitar o projeto Dominga, no quadro da sua política de prioridade à proteção do ambiente.
Outros marcos também reconhecidos pela imprensa estrangeira foram o hidrogénio verde e os avanços do nosso país no desenvolvimento da sua indústria. Um exemplo disso é a cobertura feita pela agência Reuters, que informou sobre os resultados dos Estudos de Energia Aurora para a União Europeia. De acordo com esses relatórios, o Chile e a Austrália seriam os países não europeus com os preços mais competitivos do mundo para importação até 2030.
Astronomia e ciência do fim do mundo
Os anúncios de ciência e inovação também atraíram o interesse positivo da imprensa internacional durante este primeiro semestre, totalizando 2.462 artigos, destacando entre eles a exploração espacial "a partir dos privilegiados céus chilenos", bem como a biodiversidade marinha, os fenómenos climáticos e os avanços na inovação.
Entre as publicações, destacam-se o cálculo da idade da galáxia mais próxima do Big Bang e os efeitos das colisões de galáxias, ambas descobertas feitas por investigadores estrangeiros a partir do conjunto de telescópios ALMA, na região do Atacama.
Ainda neste domínio, o Clarín entrevistou a Ministra da Ciência, Carolina Gainza. O governo do Presidente Boric também foi destacado pela publicação por ter sido o primeiro a implementar uma política científica nacional.
As conquistas nacionais e o futuro do processo constituinte
Para comemorar o primeiro ano de governo, meios de comunicação internacionais como El País, Semana, El Tiempo, Gestión e El Comercio analisaram os marcos e as conquistas do executivo. Entre os temas em destaque estão os resultados económicos, como o excedente fiscal de 2022, o aumento do investimento estrangeiro e a diminuição da inflação, bem como o aumento da cobertura dos cuidados de saúde públicos, o aumento do salário mínimo e os avanços ambientais.
Da mesma forma, foi enfatizado o selo feminista durante o primeiro ano de governo, coroado pelo lançamento, em junho, de uma Política Externa Feminista. Este evento, que destaca a igualdade de género como "um valor democrático", fez do Chile o primeiro país sul-americano a implementá-la.
No que respeita aos desafios dos próximos meses, a imprensa internacional referiu a pressão exercida pela crise migratória e pelo conflito mapuche, o desafio de realizar as reformas estruturais prometidas e o impacto que o novo processo constitucional terá
