Seis produtos chilenos, incluindo mirtilos, cerejas e nozes, serão exportados para a Indonésia graças a uma nova abertura sanitária.
Seis importantes produtos chilenos começarão a ser exportados para a Indonésia, graças à abertura sanitária efectuada por este país asiático.
São os muito procurados mirtilos, as muito apreciadas cerejas, os kiwis e as uvas, todos em formato congelado. Para além destes frutos, são também produzidas no país nozes secas, com e sem casca.
O anúncio desta medida, que surge após um extenso processo de negociação, foi feito esta manhã pela Ministra da Agricultura, Ignacia Fernández, pela diretora nacional da Odepa, Andrea García, pelo diretor-geral do ProChile, Ignacio Fernández, e por representantes da SAG, da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), da Fedefruta, da Chilenut e da Chilealimentos.
A este respeito, a Ministra Ignacia Fernández afirmou que a abertura deste mercado representa uma oportunidade estratégica para diversificar os destinos de exportação da indústria frutícola chilena e que existe um grande interesse em avançar com a abertura de outros produtos.
"A diversificação dos mercados tem sido uma estratégia fundamental no âmbito da agenda agro-exportadora sustentável promovida pelo governo do Presidente Gabriel Boric, com especial prioridade e atenção à situação na Ásia", afirmou.
A autoridade salientou que, de acordo com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, a Indonésia é uma fonte de crescimento global, apresentando taxas de crescimento anuais de cerca de 5% para os próximos cinco anos, o que a coloca acima da China (4,3%), dos Estados Unidos (3%) e da América Latina (2,3%).
"A Indonésia ocupa atualmente o 40º lugar como destino das exportações florestais e pecuárias chilenas, com um valor de exportação de pouco mais de 44 milhões de dólares em 2024", afirmou.
Por seu lado, o diretor-geral do ProChile, Ignacio Fernández, afirmou que "esta é uma óptima notícia, porque reforça o trabalho que estamos a fazer em termos de diversificação dos destinos das exportações chilenas".
"Além disso, no âmbito do trabalho que estamos a desenvolver com o apoio do Fundo Silvoagrícola de Exportação e em coordenação com o sector privado, estamos a organizar um grande encontro empresarial que se centrará nos países da ASEAN, onde a Indonésia é um dos mercados-chave; teremos a presença de exportadores e importadores chilenos deste bloco económico", acrescentou.
A diretora nacional da Odepa, Andrea García, destacou que essa negociação "mostra a agilidade e o compromisso do Chile em abrir novas oportunidades para o setor no exterior. Além disso, este marco vem depois de um ano recorde para as nossas exportações florestais e pecuárias, que atingiram US$ 19.009.639 e, em 2025, continuaremos a trabalhar para posicionar o Chile como uma referência no comércio internacional".
Relativamente aos requisitos fitossanitários gerais para a exportação de frutos de casca rija e frutos liofilizados para a Indonésia, os exportadores devem cumprir os seguintes requisitos gerais Acompanhamento de um Certificado Fitossanitário (PC) emitido pelo SAG, entrada através de pontos de entrada designados pela Autoridade de Quarentena da Indonésia (IQA), inspeção e supervisão fitossanitária à chegada ao ponto de entrada e, em caso de trânsito por um país terceiro, a remessa deve ter um Certificado Fitossanitário de Reexportação emitido pela autoridade sanitária do país de trânsito, acompanhado de uma cópia do PC original emitido pelo Chile.
A Indonésia tem uma população de cerca de 300 milhões de habitantes e um mercado em crescimento. De referir ainda que o Chile tem um acordo comercial bilateral em vigor com este país, que nos concede preferências pautais. A Indonésia também faz parte do Acordo Global e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP), pelo que para a maioria dos produtos de origem agrícola existe uma tarifa de 0%.
Este ano, espera-se também alargar a abertura sanitária aos limões frescos e a autoridade indonésia manifestou igualmente interesse em abrir o mercado chileno às suas plantas ornamentais, o que poderá reforçar a cooperação bilateral em matéria fitossanitária.
Ler a nota original no sítio Web do ProChile