Coluna de Rossana Dresdner, diretora executiva de Imagen de Chile
A Fundación Imagen de Chile quis explorar a forma como as mulheres do nosso país, de diferentes esferas, são uma força mobilizadora que promove um Chile diverso, valioso e ambicioso.
A igualdade entre homens e mulheres é um dos principais desafios globais que, enquanto país e sociedade, continua por resolver. O recente estudo do Banco Mundial conclui que as mulheres têm cerca de dois terços dos direitos dos homens e que em nenhum lugar do mundo existem direitos iguais.
Perante este panorama global, o desafio do Chile, onde o mundo começa, é acompanhado por números que nos dão esperança. Não sem desafios, somos hoje líderes na igualdade de género na região. Somos o país latino-americano com a maior participação de mulheres nos gabinetes ministeriais - 54% -, ocupamos 20% dos cargos de direção e, como exemplo, duplicámos a participação feminina na grande exploração mineira nos últimos 10 anos, uma das nossas indústrias-chave.
E o que é que caracteriza e diferencia as mulheres chilenas? Na Fundación Imagen de Chile quisemos explorar como as mulheres do nosso país, de diferentes esferas, são uma força mobilizadora que promove um Chile diverso, valioso e ambicioso. "Chile, país de mujeres" mostra-nos que é a identidade da mulher chilena, forte, resiliente, inovadora e empoderada, que também permeia a identidade do nosso país.
São oito histórias, oito mulheres, com vidas simples mas extraordinárias e poderosas, que com as suas acções, essência e forma de estar contribuem para um país diverso e moderno que nos orgulha, e que reflecte o facto de existirem milhões como elas em todo o país. São histórias inspiradoras, exemplos de que as mulheres conseguem e que somos corajosas e poderosas.
Danisa Urrutia, de Potrerillos, tornou-se uma referência para a inclusão na indústria mineira. Atualmente, é diretora da fábrica de Añañucas, a primeira mina do Chile a ser explorada exclusivamente por mulheres. Teolinda Higueras é a criadora da "Bibliolancha", uma biblioteca flutuante que navega nas águas de Chiloé. Sofia Waikil é uma mulher Mapuche de Osorno, que, através das redes sociais, procura reivindicar a cultura mapuche na sociedade atual, especialmente entre os jovens. Ou Ayline Rojas, uma das mulheres mais jovens da Orquestra Juvenil de La Pintana, que procura ser um exemplo para as raparigas se atreverem a fazer aquilo com que sonham.
Embora ainda haja um longo caminho a percorrer em termos de igualdade de género - o fosso é global e é um desafio constante - as mulheres chilenas inspiram e , como diz Teolinda Higueras, de Chiloé, somos o orgulho do Chile, vamos em frente, vamos continuar a sonhar, vamos continuar a mudar este país.
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