A subsecretária de Relações Econômicas Internacionais, Claudia Sanhueza, destacou que o avanço nas exportações de serviços reflete o trabalho que vem sendo feito para tornar a cesta de exportações mais complexa, "abrindo novas oportunidades para que mais empresários internacionalizem seus negócios, gerando mais empregos e crescimento para o país".
Santiago, 12 de dezembro de 2024. Em novembro de 2024, os números do comércio exterior mostram um final de ano positivo para o setor: o valor das exportações de serviços ultrapassou, pela primeira vez, a barreira dos US$ 2,5 bilhões; enquanto os embarques de mercadorias continuam crescendo e registram um aumento de 4,7% no período.
De acordo com o avanço do Relatório Mensal de Comércio elaborado pela Diretoria de Estudos da Subsecretaria de Relações Econômicas Internacionais (SUBREI) - com dados do Banco Central e do Serviço Nacional de Alfândega - entre janeiro e novembro, as exportações de serviços subiram para US$ 2.518 milhões, mostrando um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2023 e superando todas as exportações em 2023 (US$ 2.431 milhões).
Perante estes números, a Subsecretária para as Relações Económicas Internacionais, Claudia Sanhueza, sublinhou que o aumento das exportações de serviços reflecte o trabalho que está a ser feito para diversificar o cabaz de exportações, "abrindo novas oportunidades para os empresários de sectores estratégicos da economia internacionalizarem as suas empresas, gerando mais emprego e crescimento para o país. O sector das exportações é um dos motores do desenvolvimento do Chile, pelo que continuaremos a trabalhar para diversificar as nossas relações económicas internacionais e que os Acordos Económico-Comerciais são uma ponte entre a inovação nacional e os mercados internacionais".
No total, foram exportados 194 serviços diferentes durante o período, tendo 115 deles registado aumentos nas suas vendas ao estrangeiro. Os maiores aumentos de envios registaram-se na manutenção e reparação de aeronaves, Cloud Center, apoio logístico, I&D nas ciências médicas e farmacêuticas, serviços financeiros de peritagem, cinema de animação e design de software original.
Outros serviços com rendimentos crescentes são o processamento de informação, a comercialização, a propagação e o desenvolvimento de material de origem para o melhoramento de plantas hortícolas, o licenciamento e/ou aluguer de software, a consultoria em engenharia mineira, a produção de originais de programas de televisão, a monitorização remota e a investigação e desenvolvimento em agronomia.
Os serviços chilenos foram direcionados para um total de 131 destinos no mundo. Entre os maiores receptores da oferta nacional, os Estados Unidos se destacaram no período, com operações no valor de US$ 839 milhões, seguidos por Peru (US$ 436 milhões) e Colômbia (US$ 185 milhões). Juntos, esses três mercados respondem por 58% dos embarques do setor.
Outros destinos relevantes são a Suíça (119 milhões de dólares), o México (85 milhões de dólares), o Reino Unido (84 milhões de dólares), a Argentina (72 milhões de dólares), a Espanha (64 milhões de dólares), o Brasil (48 milhões de dólares) e a China (42 milhões de dólares).
As exportações de bens, por outro lado, marcaram o melhor valor para um período de janeiro a novembro desde que há registos, subindo para US$ 90.741 milhões, com um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2023, crescimento sustentado novamente pelo recorde histórico de embarques de concentrados de cobre, produtos florestais, frutas frescas, máquinas e alimentos orgânicos, entre outros.
Por setor, a mineração continua a liderar com embarques de US$ 52,28 bilhões, refletindo um aumento de 9,5% em relação ao mesmo período de 2023. Nesta categoria, destacam-se os embarques de concentrados de cobre, cátodos de cobre e ouro, que compensaram coletivamente a queda nos embarques de carbonato de lítio no período.
Já a indústria florestal tem vendas externas de US$ 2.122 milhões, um aumento de 2,1%, devido ao aumento das vendas externas de compensados, chapas de MDF, perfis e molduras, madeira serrada (blanks), rolhas de cortiça, camas e móveis de madeira.
Ao final do décimo primeiro mês de 2024, os embarques de frutas frescas continuam batendo recordes, com operações acumuladas de US$ 6.968 milhões, valor que reflete um aumento de 20,3% em relação ao mesmo período de 2023, acompanhando os crescentes retornos de kiwis, ameixas, uvas, maçãs, peras, mirtilos, limões e abacates. As cerejas frescas começaram sua temporada em novembro com embarques no mês de US$ 70 milhões, mostrando um aumento de 42% em relação a novembro de 2023, com os três principais destinos sendo China (US$ 55 milhões), Estados Unidos (US$ 8,7 milhões) e Brasil (US$ 2,1 milhões).
O setor de vinhos teve vendas externas de US$ 1.509 milhões, um aumento de 6,4% em relação ao mesmo período de 2023, em grande parte sustentado pelo aumento da categoria de vinhos engarrafados. As exportações de celulose totalizaram US$ 2.690,2 milhões, um aumento de 18,9%; e as exportações de máquinas e equipamentos totalizaram US$ 1.193,4 milhões, um crescimento de 11,2% no período.
Por fim, as exportações de alimentos acumularam embarques de US$ 11.730,1 milhões, marcando uma ligeira queda de 0,9%, em relação ao mesmo período de 2023, devido aos menores embarques de salmonídeos e óleos de peixe. Apesar do exposto, o sector apresenta aumentos significativos nas exportações de carne, carapau congelado, azeite, sultanas, compotas, leite condensado, leite em pó, queijo e frutos silvestres congelados, entre outros.
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