Em 2024, as exportações de produtos sem cobre e sem lítio atingiram valores recorde em mercados-chave como a China, o Brasil, a Índia e a Tailândia.
Os embarques para a China, Brasil, Índia e Tailândia bateram recordes em 2024, de acordo com o relatório de exportação do ProChile.
Estes resultados demonstram o resultado dos esforços públicos e privados para diversificar os destinos dos envios não tradicionais chilenos e o resultado das acções promocionais que o nosso país levou a cabo nos últimos anos.
As exportações de não cobre, não lítio para a China atingiram um recorde em 2024, com 9.113 milhões de dólares, um crescimento de 5,1% em relação a 2023, quando atingiram 8.669 milhões de dólares. Valores semelhantes não eram registados desde 2007, ano utilizado para a análise.
O gigante asiático foi responsável por 20,54% dos envios nacionais de produtos não cobertos por cobre e não lítio no ano passado, sendo o segundo destino deste tipo de exportações e posicionando-se como o primeiro destino de produtos como cerejas, ameixas frescas e desidratadas, pêssegos e nectarinas frescas, vinho tinto Cabernet Sauvignon engarrafado, algas marinhas e carne de vaca.
De referir que, no ano passado, o ProChile levou a cabo uma série de actividades na China, incluindo a nona versão da Semana do Chile, que visitou 4 cidades: Pequim, Hangzhou, Chengdu e Guangzhou, e que contou com a presença de uma delegação de 25 empresas.
De igual modo, durante o ano, foram realizadas actividades promocionais do pisco, dos vinhos e, em outubro, geridas pelo ProChile graças ao apoio do sector privado, uma delegação de altos executivos chineses da cadeia de retalho Freshippo visitou o Chile, fechando um acordo com empresas chilenas para importar diretamente produtos chilenos.
Outro marco em 2024 foi o recorde nos embarques de não cobre e não lítio para o Brasil, com US$ 2,888 milhões, 8,6% a mais que em 2023, o que posicionou esse destino sul-americano como o terceiro para esse tipo de exportação. O recorde anterior era de 2022, com US$ 2,868 milhões.
Salmão e truta, produtos químicos orgânicos e maçãs frescas foram os principais embarques em 2024. O Brasil também foi o principal mercado para o vinho chileno, com exportações de US$ 205 milhões e um crescimento de 17,3% em relação ao ano anterior.
O ProChile em 2024 realizou pela primeira vez naquele mercado a Semana do Chile, um evento de uma semana com atividades tanto em São Paulo quanto em Belo Horizonte, com a participação de mais de 40 empresas do setor agro & alimentício e empresas prestadoras de serviços e soluções globais para setores como mineração e energia. No total, a Semana do Chile no Brasil teve uma projeção de negócios de mais de US$ 18 milhões.
"Embora a China e o Brasil sempre tenham sido dois dos principais destinos das exportações chilenas, o facto de serem mercados que atingirão embarques recordes em 2024 mostra-nos que estamos a fazer as coisas bem, mas também nos incentiva a continuar a gerar outros espaços para os nossos embarques, como a abertura de mais portas no interior de ambos os países, pois vemos espaço para diversificar ainda mais as nossas exportações", diz o Diretor Geral do ProChile, Ignacio Fernandez.
Nesse ranking de destinos recordes dos embarques chilenos de não cobre e não lítio, destaca-se a Índia, mercado que em 2024 alcançou US$ 779 milhões, um aumento de 38% em relação a 2023 e o maior valor desde 2007. O valor mais alto anterior, mas muito aquém do alcançado em 2024, foi de US$ 566 milhões em 2023.
A Índia tem vindo a crescer de forma constante desde 2007, com saltos significativos em 2018, com 336 milhões de dólares - ultrapassando pela primeira vez os 300 milhões de dólares - e depois em 2023, ultrapassando os 566 milhões de dólares, para atingir 778 milhões de dólares em 2024.
Aqui, frutas frescas como maçãs e kiwis, mas também serviços experimentaram aumentos significativos em seus embarques em 2024, impulsionados pelo maior conhecimento que este país está tendo do Chile, também como resultado de ações comerciais públicas e privadas que foram realizadas nos últimos anos.
Em 2024, o ProChile, numa digressão liderada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Alberto van Klaveren, realizou mais de 20 actividades de promoção comercial e nacional no evento Chile Summit India, que contou também com a presença do Ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, mais de 10 associações do sector privado e o Diretor Geral do ProChile, Ignacio Fernández. Este evento abrangeu desde a promoção da oferta agroalimentar até à Economia Criativa, nomeadamente o sector audiovisual e a indústria de Bollywood.
"O facto de a Índia, com mais de 1,4 mil milhões de habitantes e uma classe média em ascensão, ser hoje um dos mercados mais dinâmicos para as exportações chilenas com números tão positivos como os que tivemos em 2024, apoia a importância de continuar a reforçar as actividades promocionais. É por isso que este ano vamos realizar uma nova reunião de negócios, que terá lugar no âmbito da visita do Presidente da República e que tem como objetivo visitar as cidades de Nova Deli, Bangalore e Mumbai", diz Fernandez.
Vemos este país como uma grande oportunidade para a alimentação, mas também para outros sectores, como a Economia Criativa - onde queremos que a Índia utilize o Chile como local para os seus filmes - ou serviços relacionados com a indústria agrícola ou mineira", acrescenta.
Ainda na Ásia, a Tailândia também alcançou números recordes no recebimento de embarques chilenos de não cobre e não lítio. Em 2024, as exportações nacionais desse tipo chegaram a US$ 311 milhões, um aumento de 8% em relação a 2023. Este é o valor mais alto desde 2007, quando os embarques de não cobre e não lítio para este país da ASEAN chegaram a US$ 108 milhões, com marcos em 2018, quando ultrapassaram a barreira dos US$ 245 milhões, com crescimento sustentado de 2021 até hoje.
Aqui, géneros alimentícios como o salmão, cerejas, chocos e mexilhões, entre outros, foram os protagonistas dos envios em 2024. O Chile procura posicionar-se, tanto na Tailândia como noutros mercados da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), com mais produtos e abrindo também possibilidades de serviços. Para isso, o ProChile programou para setembro deste ano um evento de grande impacto que consiste num Business Meeting.
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