13 de fevereiro de 2024 #DemocraciaChile #ParticipaçãoCidadã

Incêndios no Chile: o papel fundamental da solidariedade internacional

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O México e a Bolívia já contribuíram com mais de 95 toneladas de alimentos e provisões para as pessoas afectadas na região de Valparaíso. Outros países anunciaram a sua intenção de enviar ajuda nos próximos dias.

A resposta internacional não tem sido lenta. Na semana passada, o México enviou o primeiro carregamento de 26 toneladas de géneros alimentícios, incluindo mais de 2.000 caixas de rações alimentares, como atum e leite em pó. No fim de semana, a Bolívia contribuiu com 70 toneladas de bens essenciais, como farinha, arroz, óleo, açúcar, massa e água.

A cooperação entre países em situações de emergência é uma prática comum na nossa história moderna, mas remonta a vários séculos. Num contexto em que os fenómenos meteorológicos extremos são cada vez mais frequentes, é um pilar essencial para ajudar as comunidades afectadas.

É esta a situação que Valparaíso atravessa hoje, perante uma das piores catástrofes naturais no nosso país desde o terramoto de 2010. Os incêndios florestais na região, que afectaram principalmente as cidades de Viña del Mar e Quilpué, causaram a morte de mais de 130 pessoas, a destruição de mais de 150 hectares e 200 casas reduzidas a cinzas.

Em resposta, a reação internacional foi rápida. Na semana passada, o México enviou o primeiro carregamento de 26 toneladas de géneros alimentícios, incluindo mais de 2.000 caixas de rações alimentares, como latas de atum e leite em pó. No fim de semana, a Bolívia contribuiu com 70 toneladas de bens essenciais, como farinha, arroz, óleo, açúcar, massa e água.

Os Estados Unidos - que em meados de 2023 registaram quase 90 incêndios simultâneos - já fizeram duas doações de material e equipamento de segurança para combate a incêndios, como mangueiras, botas, luvas e escravos, e outros países mostraram-se dispostos a contribuir com recursos económicos e materiais.

A importância da cooperação

No ano passado, o Chile também sofreu episódios de incêndios, em que países como Espanha, México, Argentina, Colômbia, Equador, Brasil e Venezuela contribuíram com diferentes meios para o combate ao fogo, com equipas de brigadistas, bombeiros e especialistas na gestão deste tipo de emergências.

No terramoto de 2010, mais de 30 países prestaram ajuda humanitária, para além de entidades multilaterais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a ONU e a União Europeia. O sector da saúde foi um dos sectores que recebeu mais ajuda internacional.

Em situações anteriores, o Chile também contribuiu ativamente para emergências noutros países. Em novembro de 2023, o nosso país enviou vestuário para a Bolívia para fazer face aos incêndios que atingiram o país vizinho, incluindo capacetes, calças e camisas à prova de fogo, luvas, rações alimentares, água mineral, entre outros.

Da mesma forma, durante o ano passado, foi feita uma contribuição de 200 000 dólares americanos para colaborar na assistência humanitária à população civil em Gaza e nos territórios palestinianos afectados pelo confronto armado na região e, em março de 2022, o nosso país enviou 100 000 dólares americanos para a Ucrânia a partir do Fundo do Chile contra a Fome e a Pobreza, para ajudar no contexto da invasão russa desse país.

Ajuda em caso de catástrofe

De acordo com a Biblioteca do Congresso, é possível distinguir dois tipos de ajuda: a ajuda humanitária de grupos não governamentais e ONG e a ajuda direta dos governos, ambas com as suas próprias orientações e protocolos de cooperação. 

A maioria dos países presta uma ajuda adequada ao contexto socioeconómico em que se insere, à capacidade de que dispõe para a prestar e à dimensão da catástrofe. Com o tempo, esta ajuda tornou-se mais coordenada e sistemática, abrangendo crises que vão desde as catástrofes naturais aos conflitos armados, crises de refugiados, pandemias e outras emergências humanitárias. 

Não se trata apenas de uma expressão de solidariedade humana, mas também de um elemento essencial para o desenvolvimento sustentável, a estabilidade global e a construção de um mundo mais resistente e preparado para enfrentar crises futuras.

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