Este prestigioso reconhecimento da Convenção de Ramsar coloca a capital da região de Los Ríos na vanguarda do desenvolvimento urbano sustentável e abre novas oportunidades económicas e turísticas.
Os Ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente congratulam-se com a decisão do Comité Permanente da Convenção de Ramsar de atribuir a Valdivia a acreditação internacional de"Cidade das Zonas Húmidas", reconhecendo a sua longa história de conservação e respeito pelas suas zonas húmidas.
Atualmente, 43 cidades em todo o mundo têm este reconhecimento, incentivando outras a desenvolver e reforçar uma relação positiva com os ecossistemas. Desta forma, promove-se a conservação e a investigação científica, bem como a projeção de Valdivia como centro de turismo sustentável, além de proporcionar mais oportunidades e acesso económico à capital da Região de Los Ríos.
"Recebemos este reconhecimento internacional com grande alegria, porque é uma demonstração do empenho do Chile em progredir no cuidado do ambiente e em enfrentar as alterações climáticas, que são um desafio global. Também destaca o importante trabalho que os cidadãos de Valdivia fizeram para proteger as zonas húmidas, que são essenciais para a preservação da biodiversidade", afirmou o Chanceler Alberto van Klaveren.
"Valdivia depende das suas zonas húmidas. Os seus recursos são uma fonte de trabalho, de alimentação e de bem-estar para todos os cidadãos. Esta distinção servirá de exemplo para localidades de outros países que queiram ser acreditadas, para além de nos projetar na vanguarda do desenvolvimento urbano sustentável a nível mundial", acrescentou o ministro.
Por seu lado, a Ministra do Ambiente, Maisa Rojas, sublinhou a importância das zonas húmidas para o progresso dos territórios, bem como para serem aliadas estratégicas, tanto na adaptação às alterações climáticas como na mitigação dos seus efeitos, como as inundações devidas a chuvas fortes, uma vez que "absorvem e amortecem o excesso de água e melhoram a sua qualidade".
"Os habitantes de Valdivia estão tão conscientes da importância das suas zonas húmidas que construíram uma longa história em torno da sua proteção. Desde a catástrofe do cisne de pescoço negro, os cidadãos têm-se mobilizado ativamente para a conservação da natureza. Este reconhecimento dará mais visibilidade à cidade, atrairá investimentos e turismo e proporcionará um enquadramento para a gestão das zonas húmidas, o que se traduzirá num maior crescimento para o Chile e numa melhor qualidade de vida para todos", acrescentou.
A candidatura a esta categoria foi apresentada pelo Estado do Chile, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em fevereiro de 2024. Em conjunto com o Ministério do Ambiente, trabalhou-se para cumprir todos os requisitos deste processo.
Esta acreditação promove a conservação e a utilização racional das zonas húmidas urbanas e periurbanas, bem como a identificação de benefícios socioeconómicos sustentáveis para as populações locais.
Fazer parte da lista de sítios reconhecidos representa também o compromisso do Governo em tomar as medidas necessárias para garantir a manutenção do carácter ecológico da área, promovendo o cuidado da diversidade biológica e das fontes de água, elementos fundamentais para a mitigação das alterações climáticas e para o futuro da humanidade.
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