Com cerca de mil participantes ao longo do dia, o evento - realizado no Estádio Nacional - reuniu autoridades, representantes de organizações internacionais e jovens activistas do Chile e da América Latina.
Com quase um milhar de participantes de diferentes idades, a primeira Cimeira Regional de Raparigas teve lugar no sábado, no Estádio Nacional de Santiago. O seu objetivo era ligar raparigas, adolescentes e mulheres jovens de diferentes territórios e realidades para reforçar a sua liderança e capacidade de ação.
Estiveram presentes jovens e famílias provenientes principalmente da Região Metropolitana e também de outros países como a Colômbia, Peru, México, Panamá, Equador, Brasil e Argentina, incluindo a ativista ambiental e co-fundadora da Jóvenes por el Clima Argentina, Nicki Becker.
Organizada pelo movimento Tremendas, esta iniciativa contou também com o apoio do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), da Fundação Avina e da ONU Mulheres, bem como com o patrocínio da Unicef, Unesco, Universidade do Chile, INACAP, Instituto Nacional do Desporto, Dove, Marca Chile, Ministério da Mulher e Equidade de Género, Ministério da Educação, Embaixada do México e o patrocínio do Banco Estado. Além disso, o evento contou com uma saudação especial da ex-presidente Michelle Bachelet para os participantes.
Uma das participantes foi a Subsecretária-Geral do Governo, Nicole Cardoch, que sublinhou que"as mulheres têm de continuar a ocupar estes espaços, especialmente as raparigas e as jovens. Somos metade da população e temos de estar na posição de decisão, especialmente em termos de política, que é o que nos afecta todos os dias e também muda o futuro.
Por seu lado, a representante da UNICEF Chile, Violet Speek-Warnery, sublinhou que "lutamos todos os dias pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Embora possamos ajudar e impulsionar estas mudanças através de espaços como este, quando são as próprias raparigas que abraçam esta causa, isso deixa-nos muito felizes. Só elas, com as suas capacidades, com os seus esforços, podem realizar os seus sonhos e conseguir mudanças no futuro.
Rosa Devés, reitora da Universidade do Chile, explicou a importância da participação da universidade neste tipo de eventos em rede: "Sinto que é uma grande obrigação, uma responsabilidade essencial, embora seja também, naturalmente, um prazer e uma experiência de aprendizagem. Tenho necessidade de me relacionar com as jovens, de aprender com elas, venho absorver a energia e o conhecimento da sociedade que elas têm", afirmou.
"Ver a cimeira, ver o fluxo de pessoas interessadas em educar-se, informar-se, participar neste ativismo consciente, bem como ter representantes do Tremendas de outros países ainda me parece irreal, mas significa que existimos e que temos voz e voto", disse Julieta Martínez, fundadora do Tremendas.
Para além dos painéis e apresentações de autoridades, especialistas e representantes das Tremendas do Equador, Panamá, Colômbia, México e Peru, os participantes puderam visitar 17 stands de várias organizações parceiras, como a Corporación Miles, Defensoría de la Niñez, WWF, Genias e outras, que ofereceram actividades interactivas e experiências enriquecedoras.