No domingo, 9 de fevereiro, o Caesars Superdome, em Nova Orleães, foi o epicentro da Super Bowl LIX. Este evento é uma festa de consumo global, desde o exorbitante investimento publicitário até à enorme procura de alimentos.
Como protagonistas indiscutíveis, enquanto milhões de adeptos se reúnem em frente ao ecrã para ver quem vai ganhar o troféu, inúmeras asas de frango, muitas delas de origem chilena, são servidas nas suas mesas.
A mega festa
A Super Bowl não é apenas um jogo de futebol americano, mas um fenómeno cultural com uma audiência mundial de mais de 120 milhões de espectadores. Os seus custos e preços elevados são um reflexo do poder económico do jogo. Os bilhetes mais baratos custam cerca de 5.000 dólares, enquanto os melhores lugares podem custar mais de 30.000 dólares.
Trata-se de um acontecimento sem precedentes a nível mundial e, desde que bateu o recorde de assistência em 1980, quando mais de 103 000 adeptos encheram o Rose Bowl em Pasadena, Califórnia, o seu sucesso não tem parado.
O espetáculo do intervalo, que dura apenas alguns minutos, tornou-se uma mega-festa em si mesmo. Este ano, Kendrick Lamar é o cabeça de cartaz do espetáculo, chegando com dois Grammys acabados de ganhar em fevereiro (Gravação do Ano e Canção do Ano), consolidando-o como um dos melhores rappers da sua geração. A ele juntar-se-ão SZA e Jon Batiste, que interpretarão o hino nacional.
Neste espetáculo de tecnologia e inovação audiovisual que transformou a final de futebol americano, onde os artistas disparam exponencialmente os seus êxitos, a publicidade também tem sido historicamente uma parte central. Um spot de 30 segundos durante a transmissão custa mais de 8 milhões de dólares, consolidando o Super Bowl como o espaço publicitário mais caro do mundo.
Um prazer desportivo e gastronómico
A Super Bowl não é apenas o evento desportivo de maior audiência, é também uma máquina de consumo de massas. Em cada edição, milhões de adeptos sintonizam a televisão para assistir ao jogo, sempre acompanhado de deliciosas comidas e bebidas que transformam este dia numa verdadeira festa gastronómica.
As asas de frango, rainhas indiscutíveis do menu, atingiram números astronómicos este ano. Estima-se que foram consumidas mais de 1,45 mil milhões de asas nos Estados Unidos, o que equivale a mais de 360 milhões de quilos. É um ritual que cresce ano após ano e no qual o Chile desempenhou um papel fundamental como fornecedor desta iguaria.
O Chile também participa na final
O Chile e os Estados Unidos têm uma história saborosa para contar, uma vez que milhares de asas de frango chilenas foram exportadas para o país norte-americano, especialmente devido à elevada procura durante o espetáculo.
Tudo começou há 27 anos, quando a carne chilena entrou no competitivo mercado dos Estados Unidos, começando com as exportações de frango em 1998. Desde então, a presença deste produto tem vindo a aumentar, consolidando o país como um ator chave na indústria da carne norte-americana.
Em 2024, os Estados Unidos importaram 142.000 toneladas de frango, das quais 46.000 toneladas eram chilenas. Isso posicionou o Chile como seu segundo maior fornecedor, com uma participação de 40% e gerando um negócio de US$ 145 milhões. Do total de toneladas chilenas, 19 mil corresponderam a asas de frango, das quais 4 milhões de porções são consumidas durante o Super Bowl, sem dúvida o produto estrela deste evento!
Para além dos números, o impacto da carne de aves chilena no país norte-americano traduz-se numa conquista estratégica: estar no centro de uma das tradições gastronómicas mais emblemáticas do Super Bowl.
Veja o artigo original no sítio Web do Chile Carne aqui
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